Ao som do abismo canto
me renovo e ao mesmo passo me
desmancho
sem nenhum encanto no balanço da vida
minha alma vaga sem pranto
o mundo escurece, desaparece
sem nenhuma prece,
estremece...
alma vai e o corpo padece
no recomeço, dessa terra de tropeços
haverá sim, sempre haverá um recomeço
um renovo sem muito esforço
tente sair do fundo desse poço
tiro informações do fundo da minha mente
alma perturbada que nem mesmo entende
corações a mil, poemas sombrios
a poesia negra que você não viu
vago pela cidade, não importa minha
idade
um dia pagarei pela minha ingenuidade
a mesma historia, os mesmos rostos
muita trairagem, eterno desgosto
Hey piadista do castelo de papel
vem colar comigo truta eu sou cruel
vou rasgando o universo,
nos versos vim aqui pra te contaminar
Tempo vai, tempo vem
dos que passaram aqui só
fui mais um alguém
ouço os gemidos e as
vozes do além
dê valor a sua vida pra
não ser mais um zé ninguém
quanto tempo mais esse tempo vai
passar?
E essa vida vai durar?
o mesmo clima, sempre a mesma guerra
perguntas sem respostas, minha mente
se enterra
no mais profundo escuro
seguro profano, eu juro
que um dia sairei desse tormento no
entanto
tentam me derrubar ao mesmo passo em
que me levanto
mais uma vez pensando aqui comigo
não sei se consigo achar um abrigo
que me livre desse martilho
que meu fim não seja num puxar de um
gatilho
continuo nesse clima funéreo
clima de suspense, o mais puro
mistério
Manozed 2013 só observo
paz a todos é o que o que eu quero
busco a palavra nos pensamentos
pesquisando, nos sentimentos
procuro um seguro, procuro um
conforto
procuro um abrigo nesse mundo torto
um apoio pra caminharmos juntos
sair desse caos profundo
palavra chave, um amigo um alguém
aquela pessoa que nos deixa bem
Tempo vai, tempo vem
dos que passaram aqui só
fui mais um alguém
ouço os gemidos e as
vozes do além
dê valor a sua vida pra
não ser mais um zé ninguém
